sexta-feira, 22 de maio de 2009

Diário de um Sobrevivente parte 8

LIVRO 3 RETORNO A ESCURIDÃO

Faz três dias que está chovendo sem parar, e estou indo para cinco dias sem energia elétrica.
Nos primeiros dias não achei estranho, mas agora após esses dias em plena escuridão comecei a ficar preocupado.
Sem a energia elétrica, e sem geladeira, alguns alimentos começaram a se estragar. E alguns alimentos não perecíveis começaram a passar da data de validade. Como perdi a noção do tempo, e não sabia em que dia, mês, ano estava, mas pude perceber as mudanças nos alimentos.
Nesses cinco anos (calculo mais ou menos isso) que estou vivendo nesse mundo, essa é a pior fase que estou vivendo.
Hoje a chuva cessou, e o sol voltou a reinar sozinho no céu azul. Com a ajuda das muletas ando pelas ruas da cidade. E reparo que os matos, árvores toma conta de tudo. E pensar que antes essas ruas eram cheio de carros, de pessoas, e hoje apenas EU caminho por essa floresta de pedras.
Antes a minha busca era por sobreviventes, agora são por mantimentos, entro em supermercados, bares, procurando algo para se comer.
Acho que emagreci uns cindo quilos nesses últimos dias. Já não me reconheço quando me olho no espelho, estou com olheiras, me sinto outra pessoa, parece ate que envelheci 10 anos nesse ultimo mês.
Mesmo com corpo fraco, e não estando em condições de ficar andando por ai, resolvo fazer o que vai ser minha ultima viagem nesse mundo.
O sol nasce no horizonte, anunciando a chegada de mais um dia. Tudo pronto a minha ultima viagem vai começar
... continua...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Diário de um Sobrevivente parte 7

LIVRO 3 RETORNO A ESCURIDÃO

Eu pensei que o pior já tivesse passado como fui tolo em acreditar que nada mais poderia acontecer. Eu descobri que estava despreparado da pior maneira possível.
Meu erro nesse novo mundo, foi não se preocupar com o futuro, estava apenas vivendo o presente, sem se preocupar com mais nada. Afinal tudo era algo novo, era uma diversão que estava vivendo.
Um dia me disseram que quando algo de ruim é pra acontecer, acontece tudo de uma só vez, e foi o que aconteceu.
Fui muito inocente, não queria ver a verdade, estava vivendo uma ilusão. Às vezes temos que levar um tombo, cair com a cara no chão pra poder acordar, e ver a vida com outros olhos.
Quando despertei nesse novo mundo, tudo era tão irreal. Meu Deus só você sabe o que passei. No começo não queria acreditar, mas com tempo tive que aprender a aceitar meu destino.
Quando estava acostumando com essa nova vida, achando que nada mais poderia acontecer, acontece uma reviravolta e tudo muda.
Nós só aprendemos a dar valor às coisas quando perdemos.
Antes vivia num mundo cheio de pessoas, agitado, com poluição, e queria que todos sumissem e hoje deitado nessa cama, nessas minhas condições eu penso o contrario.
Agora eu olho pela janela o horizonte sem fim, e começo a lembrar de tudo que aconteceu comigo. Sinto um aperto do coração, sinto que algo que até agora nunca tinha sentido, o medo.
O medo da morte
... continua...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Diário de um Sobrevivente parte 6

LIVRO 3 O Retorno a Escuridão

O sol está se pondo no horizonte, dentro de algumas horas vai anoitecer, começa a esfriar, um vento frio sopra contra meu corpo. Não posso passar mais uma noite aqui desse jeito, tenho que procurar um abrigo.
Tento me levantar novamente, mas a tentativa é em vão, a dor na perna e insuportável. Começo a rastejar em direção a uma casa. O rastro de sangue vai ficando pelo caminho, a dor aumenta a cada movimento. Mas eu não me desisto sou o Sobrevivente, não vou me dar por vencido. Continuo rastejando pelo asfalto, apenas com um objetivo chegar naquela casa.
Já dentro da casa, tento me apoiar nas paredes e ficar em pé. Na primeira tentativa caio, na segunda também, na terceira usando toda minhas forças eu consigo me equilibrar e ficar em pé. Apoiando nas paredes começo a explorar os cómodos, à procura de um kit de primeiros socorros.
Ao entrar no banheiro encontro o que tanto procurava, olho para minha perna ainda tem uns filetes de sangue escorrendo, preciso estancar esse sangue depressa.
Começo a me despir e ligo o chuveiro, ao sentir à água quente sobre o machucado a dor foi insuportável, logo a água que escorre pelo ralo fica vermelha.
Após ter higienizado e ter feito os primeiros socorros necessários na perna e em outras partes do corpo, onde sofri alguns arranhões. Tomei alguns analgésicos para aliviar a dor e fui me deitar...
Dias depois...
Com a ajuda de uma muleta consigo andar pela cidade, agora a dor está, mas amena ainda continuo fraco, pois perdi muito sangue.
Minha vida mudou muito após esse acidente, tive que me a readaptar meu modo de viver. Já não era, mas aquele aventureiro de antes. Pensei que o pior já tivesse passado, mas foi aí que me enganei
... continua...