sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diário de um Sobrevivente parte 10

LIVRO 3 O RETORNO A ESCURIDÃO

Estou correndo num campo coberto de flores, sinto a brisa dos ventos em meu rosto.
A cada passo que dou, tenho a sensação que vou voar, dou um salto e abro os braços e como num passe de mágica começo a voar. Sinto-me livre, estou em paz com minha alma.
Mas de repente sem entender o que está acontecendo começo a cair. Meu corpo fica pesado, meu coração dispara, tenho a sensação que estou descendo uma montanha – russa sem fim.
Estou em uma queda livre, a poucos metros de colidir contra o chão. Quando penso que nada mais vai acontecer, o inesperado acontece, o chão começa a se abrir.
Sou engolido pela escuridão, meu corpo cai, cai, cai...
Acordo todo suado com a respiração alterada, começo a olhar de um lado para outro, procurando algo, mas não sei o que estou à procura?
Fico imóvel na cama olhando para o teto. Começo a pensar no sonho que tive tentando entender qual seria seu significado. Já faz uma semana que estou que estou tendo esses sonhos, ou seria um pesadelo?
O tempo parece que parou, não ouço mais o som dos ventos.
Minha perna machuca pegou uma infecção e não conseguido curar o ferimento, estou fraco sem vontade de viver.
Fico olhando para quarto, repassando na memória os momentos que passei nesse mundo. A alegria, a tristeza, a dor, a solidão. Só vivendo esses momentos alguém pode entender o que passei.
Olho pela janela e vejo que o sol, já se escondeu no horizonte nem percebi o tempo passar.
A noite chega está calma, as estrelas estão mais brilhantes. Pressinto que algo vai acontecer. Meu deito e fecho meus olhos e sem perceba estou dormindo...continua...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Diário de um Sobrevivente parte 9

LIVRO 3 RETORNO A ESCURIDÃO


Percorri por vários dias, estradas esburacadas, caminhos de acesso intransponível. O que se via durante o trajeto era surpreendente, como a natureza modificou o cenário, sem a presença dos homens, o que antes era tudo concreto hoje é apenas árvores, flores, e matos.
Nem parece que estou em uma cidade, à paisagem que se observa é extraordinária, nem sei como explicar, tudo é tão bonito. Mas também e tão assustador o som dos ventos nos galhos das árvores, às vezes tenho a sensação que alguém me observa por entre às árvores.
Lembro de um dia que estava procurando por mantimentos, tudo estava calmo sem vento até parecia que o tempo parou. Quando que de repente sem esperar começou uma ventania, um vento frio parecia até varias picadas de agulhas pelo meu corpo, os galhos das árvores dançando ao ritmo dos ventos, aquele barulho de galhos batendo um contra outro.
Eu fiquei sem saber o que fazer, parei no meio da rua olhando para todos os lados, uma sensação de medo controlava meu corpo. Essa ventania que apareceu sem esperar, se cessou do mesmo jeito, como num passe de mágica tudo ficou calmo.
Olhando de um lado para outro, tive a sensação de ter alguém me observando, escondido entre as árvores por trás das sombras. Fique petrificado o medo controlava meu corpo, comecei a suar frio, meu coração batia acelerado parecia até que ia sair do meu peito. Não conseguia entender o que estava acontecendo, sentia que estava sendo devorado por aqueles olhos. Se é que realmente existiam olhos por entre aquelas sombras, nunca consegui descobri o que ocorreu naquele dia.
E hoje todas as vezes que os ventos fazem os galhos das árvores dançarem ao seu ritmo, tenho uma sensação que não estou sozinho, e que aqueles olhos estão me vigiando meus passos
... continua...